sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Chuva de meteoritos pode ser observada durante esta quinta e sexta no PR

Fenômeno acontece depois que fragmentos de um asteroide se desprenderam pelo descongelamento de parte do corpo celeste





Uma chuva de meteoritos deve provocar um espetáculo no céu de todo o Paraná nesta quinta (13) e sexta-feira (14). Fragmentos de um asteroide, chamado 3.200 phaethon, entram na órbita da terra e provocam uma “chuva” de estrelas cadentes. O fenômeno poderá ser visto a olho nu de qualquer lugar do planeta no qual seja possível enxergar, à noite, a constelação de Gêmeos. Claro, se o tempo não estiver nublado.
O físico-astrônomo Dietmar William Foryta, do departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que objetos como o asteróide, no espaço, deixam para trás alguns fragmentos. “É como se nós assoprássemos um monte de poeira”, compara o físico, “sempre fica um resíduo para trás”.

Foryta explica que os asteroides, como o 3.200, sofrem a ação de diversas forças, como a gravidade de outros corpos e a própria radiação de estrelas. Segundo ele, isso justifica o fenômeno, já que o corpo estelar sofreu descongelamento com a ação do sol, o que causou o desprendimento de partículas.
“Será um evento de média intensidade, devemos poder observar entre 120 e 160 visões por hora. São “estrelas” que de repente saem correndo e brilhando, chega a ser parecido com uma agulha bem curtinha. Tive o prazer de ver ocorrendo em Minas Gerais e é realmente muito bonito de ver”, conta o cientista.
Quem quiser presenciar a chuva de estrelas cadentes deve levar em conta que quanto mais longe dos centros urbanos, mais fácil será para enxergar. E aconselha: “Se ficar olhando pra cima, vai cansar o pescoço. Então, melhor que se deite”, brinca.

Outro conselho fundamental, segundo o professor, é a perseverança dos observadores do espaço. “De repente você fica um tempo sem ver nada, mas logo em seguida vê muitos desses meteoritos, depois para”, previne. Não desistir na primeira tentativa é o maior segredo para ampliar a chance de presenciar o acontecimento que rouba a cena nas noites desta quinta e sexta-feira (14).
E para os preocupados de que este pode ser o início do fim do mundo, um alívio. O professor da UFPR alerta que não há qualquer risco decorrente da chuva de meteoritos. “É apenas bonito de ver”, tranquiliza.

Como se localizar

(Tatiane Salvático)
 
O fenômeno vai ocorrer na região da Constelação de Gêmeos. A dica do professor do Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Marcos Neves é se deitar com os pés voltados para o norte. Segundo ele, a chuva de meteoros estará a Nordeste das Três Marias, que formam o cinturão da Constelação de Orion.
“Fique no escuro, não ofusque a visão olhando para o celular, notebook, lanterna ou qualquer fonte de luz. Os olhos precisam de pelo menos 20 minutos para as pupilas se adaptarem à escuridão”, orienta o físico Newton Florêncio, do Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina.

Fonte: Gazeta do Povo



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Enorme fenda na Antártida criará uma ilha de gelo com 900 km²

Imagem: NASA/GSFC/METI/ERSDAC/JAROS, e ASTER Science Team/EUA-Japão.

Um dos satélites do Sistema de Observação da Terra da NASA registrou esta imagem da Geleira de Pine Island, na Antártida Ocidental, em 13 de novembro de 2011, depois que  uma equipe de pesquisadores descobriu uma fenda de 30 quilômetros de comprimento na gigantesca massa de gelo.

Membros da Operação IceBridge avistaram a fenda durante um sobrevoo com um DC-8 em 14 de outubro de 2011. Calcula-se que a rachadura tenha 80 metros de largura por 60 de profundidade.


Ao final do processo de ruptura, a fenda irá se separar completamente da geleira, criando uma imensa ilha de gelo com 900 quilômetros quadrados. A geleira de Pine Island drena 10% de todo o lençol de gelo da Antártica Ocidental. Embora o mais ameno e o aquecimento dos mares tenham afetado outras geleiras da Antártida, ocorrências de desprendimento como esta tem acontecido regularmente na Geleira de Pine Island ao longo das últimas décadas.

"É parte de um ciclo natural, mas muito interessante e impressionante quando visto de perto”, comentou Michael Studinger, cientista do projeto IceBridge, em outubro de 2011. "Parece que uma parte significativa da banquisa está prestes a se desprender”.

Devido a problemas de abastecimento de combustível, a Operação IceBridge  foi obrigada a cancelar seu ultimo voo, que partiria para a Antártida em 22 de novembro. Mesmo assim a missão foi um sucesso, e forneceu aos cientistas dados valiosos sobre a densidade do gelo e os eventos que elevam o nível dos mares, mesmo com a descoberta de poucas fendas ao longo do caminho.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cientista norte americano descobre placas tectônicas em Marte


Professor da Universidade da Califórnia analisou dois blocos do planeta. Até agora, pensava-se que só a Terra tinha essas estruturas geológicas





Cientista da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, anunciou a descoberta de placas tectônicas em Marte. Os resultados estampam a capa da edição de agosto da revista "Lithosphere".
Por muitos anos, pensava-se que essas estruturas geológicas localizadas logo abaixo da superfície do planeta – cujos movimentos podem resultar em terremotos e erupções vulcânicas – fossem exclusivas da Terra. Ao todo, nosso globo tem sete placas principais e outras dezenas menores, comparadas a uma "casca de ovo" rachada, que nos protege do magma contido no interior.
Segundo o professor de ciências espaciais e da Terra Um Yin, único autor do estudo, o planeta vermelho está em um estágio primitivo desse fenômeno, o que pode ajudar a entender como ocorreu a formação desses blocos na nossa litosfera, composta por duas camadas: a crosta terrestre e o manto superior.

Yin fez a descoberta ao analisar cem imagens de satélite de uma nave da agência espacial americana (Nasa) chamada Themis e também da câmera HiRISE, da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que orbita Marte. Uma dúzia dessas fotos revelaram as placas tectônicas.
O pesquisador conduziu os trabalhos no Himalaia e no Tibete, onde duas das maiores placas da Terra se encontram. De acordo com ele, muitas das características das falhas dessas regiões, e também da Califórnia, se assemelhavam às de Marte.
O professor viu, por exemplo, deslizamentos de terra, um desfiladeiro e um penhasco – comparável às falésias (escarpa íngreme à beira-mar, feita por erosão) do Vale da Morte, na Califórnia – que só podem ter se formado por uma placa tectônica.

Placas tectônicas de Marte foram analisadas por imagens de satélite (Foto: Google Mars/Mola Science Team)
Vale da Mariner
A superfície marciana tem o sistema mais longo – com mais de 4 mil km, nove vezes maior que o Grand Canyon, no Arizona – e profundo de cânions do Sistema Solar, conhecido como Vale da Mariner, em homenagem à antiga sonda Mariner 9, que descobriu essa região em 1971.

Yin diz que, ao contrário de outros cientistas, que achavam que aquela era uma fenda pontual que se abriu, ele acredita que esse seja o limite de duas placas, que se movem horizontalmente por quase 150 km.
A Falha de San Andreas, em São Francisco, na Califórnia, também está sobre a intersecção de duas placas, e já se chocou pelo dobro dessa distância, mas a Terra é cerca de duas vezes maior que Marte, então o fenômeno entre os dois planetas se torna equivalente.
De acordo com Yin, a falha está ativa, mas raramente "acorda", a cada um milhão de anos ou mais. Ele crê que o planeta não tenha mais que essas duas placas.
Além disso, Marte tem uma zona vulcânica linear, algo típico de onde existem esses blocos sob a superfície. Isso não ocorre nos outros planetas do Sistema Solar, segundo Yin.
O que o pesquisador ainda quer investigar é o quão abaixo da crosta de Marte essas placas estão localizadas e por que elas se movimentam em um ritmo tão lento, mas de alta magnitude.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Palestra Geologia Forense


Edital Processo Seletivo - Notas da Vivência



Reserva de petróleo é encontrada no espaço



Astrônomos do Instituto Max Planck, da Alemanha, detectaram recentemente uma provável reserva de petróleo espacial. Foi identificado no centro da nebulosa Cabeça de Cavalo, moléculas interestelares de CH3+, um tipo de hidrocarboneto que compõe o petróleo e o gás natural.

A nebulosa está a 1400 anos-luz da Terra e fica na constelação do Órion e a reserva de hidrocarbonetos em seu interior tem aproximadamente 200 vezes a quantidade de água na Terra, segundo a revista Astronomy e Astrophysics, uma das possíveis explicações para essa elevada taxa de hidrocarbonetos é a proximidade da nebulosa de uma estrela maciça e o petróleo surgiria assim, da fragmentação de moléculas gigantes, os PAHs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos).
Os PAHs sofrem uma espécie de erosão pela radiação ultra-violeta, se desintegrando e dando origem a uma grande quantidade de pequenas partículas de hidrocarbonetos.

A descoberta revela que a região é uma espécie de refinaria cósmica e pode trazer uma grande revelação à comunidade científica, trazendo a hipótese de que esse tipo de óleo pode ter origem mineral ao invés de fóssil oriundo da degradação da matéria orgânica.


A nebulosa Cabeça de Cavalo é visível no céu noturno da Terra, e é uma dos objetos mais fotografados e estudados do Cosmos, assim a equipe realiza o estudo químico da Cabeça de Cavalo com um radiotelescópio de 30 metros de diâmetro do Instituto de Radioastronomia  Milimétrica, na Espanha.


Fonte: Revista Galileu, acesso: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI325269-17770,00.html